domingo, 17 de julho de 2011

BANHO DE MAR - por J.T. Parreira



BANHO DE MAR


Começam por entrar as pernas

nuas hesitantes

e fincam-se como Rodes sobre o Egeu

a cintura depois

de inundados os calções

por fim o próprio umbigo

cordão que sempre nos ligou à vida

os braços nus abraçam

o que do sal começa a fervilhar na onda

como um feixe de dedos nossas mãos

vão abrindo sulcos na imaginação

até ao horizonte.



© J.T.Parreira