A perseguição da sombra
a vida, na moldura da janela
brinca na copa fina do arvoredo
no segredo da fala dos duendes
que povoam as sombras moribundas.
há restos de linguagem nas ramadas
deixada nos sussurros da loucura
_ a guarda de futuros arquivados
na casca nobre já em combustão.
a memória das coisas simples arde
na impaciência do olhar que se esgota
nas folhas secas de estações malditas
que se repetem com o calendário.
a realidade que persegue a sombra
jamais terá a luminosidade
josé félix