domingo, 25 de novembro de 2018

POEMA DO DIA DE HOJE


Nos teus derradeiros anos, sentávamo-nos
No café e antes que as palavras arrefecessem
Bebíamo-las de um sorvo, com alguns verbos
Psicológicos à mistura ( como dizia Wittgenstein)
Como crêr, pensar, imaginar
Como tudo seria se não houvesse a morte
Depois ficávamos com o silêncio quebrado
Por quem entrava e saía, como quem atravessava
Um relógio parado em ponto da tarde.
19/03/2018
© João Tomaz Parreira

domingo, 18 de novembro de 2018

BENDITO É O FRUTO


bendito é o fruto. sobrevém
na transparência da semente viva
a língua da radícula que emerge
da escrita na contemplação cativa
da árvore em crescimento.
a fala, a seiva que sulca, rodeia
com a saliva limpa e dos lábios
em construção se justifica a voz.
simples, as folhas vão e vêm com o olhar.

josé félix

domingo, 11 de novembro de 2018

LOBITANGA E SEUS TERRA!



Soldado velho falar muito,
Sobre os terra de Lobitanga!
País de Lobitanga ser muitos grande!
Soldado disse ir de Miconge a Luiana!
Lobitanga não sabia!
Meu país teres vivido muitos guerra!
País Lobitanga ter uns novo guerra!
Soldado velho disse ser guerra dos corrupção!
Gente grande fica com dinheiro do povo!
Gente grande fica com os riqueza mesmo!
Agora Senhor João Lourenço,
Novo gente grande dos meus terra,
Tenta melhorar vida de povo!
Estão já nos prisão gente bué importante!
Lobitanga bem contente se senhor Lourenço,
Acabar com os corrupção!
Lobitanga vai tar bué de atenta!
Lobitanga vai pedir ajuda soldado velho!
Lobitanga nem quer acreditar!
Senhor António Costa,
Gente grande dos puto,
Foi nos Angola mesmo!
Lobitanga ouviu senhor Lourenço vir aqui nos terras de tuga!
Se senhor Lourenço vier,
Lobitanga pede a soldado para ir nos Lisboa,
Ver senhor Lourenço!
Lobitanga acredita!
Povo de Lobitanga merece!
Os povo dos tugas e os povos de Lobitanga merecem!
Não roubem soldado a Lobitanga!
«LOBITANGA BALDÉ»

Luis Faria Costa

domingo, 4 de novembro de 2018

REGABOFE


Pensei e repensei
Regabofe ai vai
Autentico regabofe politico
Montes de deputados
Com um100 número de acesserores
Motoristas seguranças e carros
Montes de presidentes de Camara
Mais carros e acesserores
Presidentes de junta incultos
E eles são tantos
Os táchos não têm fim
São poucos a trabalhar
Mas muitos a mamar
Onde isto irá parar
Tenham muito cuidado
Ainda existem portugueses
Que sabem cantar o fado
E tocar as guitarras
Conjuntos criamos e Africa
Amizades lá fluresceram
Todos guitarras lá tocámos
Baláda que não esqueceram
Cuidado com os cotas
Eles não estão a gostar
Do rumo que isto está a levar
Isto um dia vai parar
É tudo a mamar
Poucos a trabalhar
Nos corredores a passear
E o povo a aguentar

O Kapeta M.P.