Continente moribundo
As árvores agonizam lentamente,
Num esgar conformado de inocência,
Vergam a veludez macia à violência
de civelizações que se dizem avançadas;
Morem queimadas, partidas, derrubadas,
Carbonizadas pelas chamas da ambição,
E nem um ai de revolta lhes sai do coração.
Perderam já, acor selvagem do verde,
Agora,...Em convulsões de sêde,
Pintam-se de cinzento, para abreviar a morte.
E nem só elas tiveram essa sorte.
Há os indigenas, como elas condenados
A chafurdar nos lodos sepulcrais;
São impérios derrubados com vileza
Por invenções bestiais, de sábios laureados.
E em tudo isto,
Há um sabor profano a regras violadas,
E o continente africano já não tem
O mistério das selvas imaculadas.
Foram desfloradas a balas de canhão,
Agora, com cadáveres putrefactos
E insepultos pelo chão
Sentem-se agonizadas.
Num esgar conformado de inocência,
Vergam a veludez macia à violência
de civelizações que se dizem avançadas;
Morem queimadas, partidas, derrubadas,
Carbonizadas pelas chamas da ambição,
E nem um ai de revolta lhes sai do coração.
Perderam já, acor selvagem do verde,
Agora,...Em convulsões de sêde,
Pintam-se de cinzento, para abreviar a morte.
E nem só elas tiveram essa sorte.
Há os indigenas, como elas condenados
A chafurdar nos lodos sepulcrais;
São impérios derrubados com vileza
Por invenções bestiais, de sábios laureados.
E em tudo isto,
Há um sabor profano a regras violadas,
E o continente africano já não tem
O mistério das selvas imaculadas.
Foram desfloradas a balas de canhão,
Agora, com cadáveres putrefactos
E insepultos pelo chão
Sentem-se agonizadas.
Poema de Filipe Raimundo
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