A ODE CHAMADA MARÍTIMA de J.T.Parreira
A ODE CHAMADA MARÍTIMA
«Ah, todo o cais é uma saudade de pedra!»
Á.Campos
Dispondo do vento sobre o papel
e do cheiro a oceano que vem
do meio da multidão
das águas, sozinho, em pé
no baloiço do meu próprio corpo
escrevo como outrora o hebreu
à beira do Eufrates
e o que choro é um
choro nítido a meu modo
ao cair das tardes
no cais molhado de gaivotas
deserto, pequeno e sem viagens.
J.T.PARREIRA
Poemas de 2010
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