A DANÇA DE SALOMÉ
Valeu uma cabeça, o corpo
a sair dos véus, a luxúria
enlaçava os braços
nus dançando, os olhos
seduzindo a morte,
como poços negros
convidavam
ao prazer da carne
mais escondido.
Valeu uma cabeça, cada perna
a esgrimir com os desejos
como um florete frio.
Valeu uma cabeça, a bela
cabeleira a fustigar
o ar enlouquecido.
8/5/2012
© João Tomaz Parreira
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