Entre pobres incultos e doutos barões
Entre os homens comuns e os grandes patrões,
E até em governantes que o povo cria.
São milhões trucidados ou em agonia
Por criminosos e autênticos vilões
Quantas vezes movidos por falsas razões
Ou a cobiça que os mortais cega e enfria.
E os crimes cometidos neste nosso "mundo"
Geram em mim uma ansiedade e um dó profundo
Ante esses fratricidas de sangue sem pudor.
E parece-me ouvir o grito dum pobre
Debruçado em contentor por algo que sobre
E sonho com o dia da bonança e do amor!
Júlio Corredeira