domingo, 24 de abril de 2016

O TOQUE


Canta o clarim sonoro a marcha da alvorada
A tropa chega, avança e passa vitoriada
e que resta depois na imensidão da estrada
Poeira,poeira,poeira…

Juras de amor, poemas de glória inteira
Doces recordações, tudo, tudo teriam
Se calhar em cem anos de viver
o que apenas se vive em um dia
Poeira, poeira, poeira…

O tempo destrói cruel o que é sobranceiro
e bebe a aridez dos céu a água da fonte mansa;
No cume da pirâmide hostil, o vencedor descansa….
Poeira, poeira, poeira…

Ninguém pode fugir a sorte justiceira….
Meu coração é poeira, á poeira o sangue eu devo
e amanhã restará dos versos que escrevo
Poeira, poeira, poeira…

Aníbal de Oliveira
(AO)




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