domingo, 20 de novembro de 2016

VIAGEM NA POPA DE UM NAVIO

Já ouvi poemas de água na esteira de um navio
Um tumulto de espuma que se apaga
E deixa o longe uma linha de melancolia
Igual em qualquer mar, das Caraíbas ao Mediterrâneo
Onde nem Heraclito supôs que o tempo fosse um círculo
Já li poemas de água deixados no rasto de um navio
Que vêm do fundo dos cânticos de sal
Onde o sol afunila a sua luz.




26-07-2016
© João Tomaz Parreira

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