Às três da tarde
Eram as três rasgando a tarde
Quando os grupos desolaram
O silêncio das esquinas
À hora nona
Num relógio prevenido
As pedras sentiram-se
Como vento
Eram as três em ponto dessa tarde
Que até no coração das aves
Se sentiram
Eram as três em ponto
Nas horas dessa tarde
Já um lençol abria
O linho para a morte
E recolhia o sol
O seu cristal do dia
Eram as três em ferida
Dessa tarde
Já começavam nos olhos das mulheres
Os incensos da vigília
A morte começava
Às três da tarde
Quando o véu rasgou o templo
Com muito ouro e púrpura
Eram as primeiras três
Em ponto dessa tarde
Eram as sombras em todos os relógios
Quando um flanco se cravava
Com carmesim e água.
Eram as três rasgando a tarde
Quando os grupos desolaram
O silêncio das esquinas
À hora nona
Num relógio prevenido
As pedras sentiram-se
Como vento
Eram as três em ponto dessa tarde
Que até no coração das aves
Se sentiram
Eram as três em ponto
Nas horas dessa tarde
Já um lençol abria
O linho para a morte
E recolhia o sol
O seu cristal do dia
Eram as três em ferida
Dessa tarde
Já começavam nos olhos das mulheres
Os incensos da vigília
A morte começava
Às três da tarde
Quando o véu rasgou o templo
Com muito ouro e púrpura
Eram as primeiras três
Em ponto dessa tarde
Eram as sombras em todos os relógios
Quando um flanco se cravava
Com carmesim e água.
© João Tomaz Parreira
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