domingo, 24 de dezembro de 2017

O NATAL DE UM MENINO NEGRO


Não havia pastores em redor, andavam longe
As cabras cheirando no chão o alimento
O chão era igual, como há dois mil anos
Duro como na estrebaria, nem sequer a leveza
Da estrela a aquecer o lugar, a rua
Tinha a porta aberta como uma casa
E o menino igual a Ti, um Jesus africano dormia
Guardado por uns olhos tão grandes
Como o Amor, nas mãos a descreverem
O Amor. Eu vi uma mulher menina
Como Maria, com um pano tão branco
Como o silêncio a segurar os cabelos crespos.
14/12/2017
© João Tomaz Parreira

Sem comentários:

Enviar um comentário