Deitado num convés de lençóis ondulados
Os barcos ao lado ostentam o próximo
Remanso dos adormecidos
A certa altura o tecto é uma ilusão de óptica
Torna-se um limite que os olhos perfuram
A certa altura de uma certa altura
Apagam-nos a claridade, é a hora
De atravessar as águas da noite
Como um bálsamo de Gileade
No silêncio hospitalar.
Os barcos ao lado ostentam o próximo
Remanso dos adormecidos
A certa altura o tecto é uma ilusão de óptica
Torna-se um limite que os olhos perfuram
A certa altura de uma certa altura
Apagam-nos a claridade, é a hora
De atravessar as águas da noite
Como um bálsamo de Gileade
No silêncio hospitalar.
06/10/2018
© João Tomaz Parreira
© João Tomaz Parreira