Na terra quente, desfazendo-se em poeira
E mal sustendo as raízes ressequidas,
Vão suportando as tormentas repetidas
E resistindo à fornalha soalheira.
Como será que perduram estas vidas?
Por que ideal lutam? Que bandeira
Os arrasta à dura prova derradeira
Sem que as razões vitais sejam ouvidas?
Nem o vento quente do deserto
Nem as feras, enormes, que ali perto
Esperam um passo em falso, em demasia...
Nada os mudará do seu intento
Porque a razão que os move e dá alento
É, pura e simplesmente, ...a TEIMOSIA!
José Carvalho
A teimosia contagia quando há alguém que se sente afectivamente ligado e no-la dá a conhecer. Hoje vejo as andorinhas como suas companheiras de voo - o José trouxe-as até nós - conseguimos sentir a deslocação do ar e o silvo das pequenas aves ao sobrevoá-lo naquele morro onde pousou a sua ave grande.
ResponderEliminarA teimosia de viver, é muitas vezes a razão da existência destes povos. Gostei Zé. Parabéns!!
ResponderEliminarSérgio Durães
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