Poema escrito em 31/12/2006, quando ainda não se pensava em tragédia
Viajam com as cabeças de fora
cortam a espuma
do vento nas ondas
do vento nas ondas
cortam o rosto com sal
viajam com o corpo
uns dos outros
viajam com o corpo
uns dos outros
movem-se
nos olhos
uns dos outros
nos olhos
uns dos outros
não perguntes
de onde
vêm
de onde
vêm
vêm
em direcção a ti-
terra
em direcção a ti-
terra
vêm
como
Ninguém
como
Ninguém
© João Tomaz Parreira
(Foto da imprensa)
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