domingo, 29 de maio de 2016

O TEMPO



Aquele que nunca sofreu
Da desgraça os golpes duros;
Aquele que nunca bebeu
Doce amor de lábios puros;

Aquele que nunca sentiu,
No peito as penas dolorosas
Do ódio e jamais ouviu
Gemer os próprios algozes;

Que, aos poucos envelheceu
por conta, peso e medida,
-Não me diga que viveu:
Gastou apenas a vida…

Aníbal de Oliveira
( AO)

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