Era costume, nas décadas de 60 e 70 do século passado, os militares trazerem da Guerra Colonial, tatuagens; cada um trouxe as que pôde:
Estas são as tatuagens do outro lado, de dentro
Da minha alma.
A ponta da agulha
Substituída pelo aparo, a única fronteira
Entre a palavra e a celeste planície
Da poesia, riscava a pele, no papel
Branco, ouvindo o silêncio das palavras, ainda
Sem nada a declarar, onde tudo começava.
Depois
Guardei todas aqui como raízes da memória.
16-10-2015
© João Tomaz Parreira
Desconhecia esta qualidade do Parreira. Os maus parabéns. Gosteiiiiiiii.
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