Anos são rosas que murcham,
astros cadentes que correm
anos são prantos que nascem
anos são risos que morrem.
São o despertar das horas
que passamos a sonhar,
são ilusões que nos fogem
são saudades a voar
São folhas secas dispersas
porque os vendavais as partem
são corvos negros que chegam,
são andorinhas que partem
Anos são ondas revoltas
que, depois de encapelar,
se desfazem num rochedo
para nunca mais voltar.
Aníbal de Oliveira
A.O.
A.O.
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