Não há mãos quando a morte sobrevém.
a palavra, o esqueleto da linguagem
ganha formas bizarras no caminho
da vida carpideira, com a imagem
a palavra, o esqueleto da linguagem
ganha formas bizarras no caminho
da vida carpideira, com a imagem
do sol inatingível cocegando
o rosto que da sombra tira luz
bebendo a parca sede que lhe resta
do fio de água que já não conduz.
o rosto que da sombra tira luz
bebendo a parca sede que lhe resta
do fio de água que já não conduz.
na escuridão da fala não há nomes
nem há figura de estilo que valha
que sobreviva a tanta quietude.
nem há figura de estilo que valha
que sobreviva a tanta quietude.
é que morte é simplesmente morte.
até de um corpo belo de desejo
não ná mais do que ter esta atitude
até de um corpo belo de desejo
não ná mais do que ter esta atitude
se é luz ou se é a sombra dela
José Félix, Teoria do Esquecimento, Temas Originais, Lda., 2009, pág. 37
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