domingo, 31 de janeiro de 2016

RETROSPECTIVA

Portugal houve um tempo em que 
dei-te tudo, na minha juventude
um pouco quase fatal do meu sangue 
em África, as candeias da noite 
estiveram com esse sangue a iluminar 
a escuridão, dei-te tudo 
Portugal, e agora não sou nada.
Os cofres estão cheios, alguns
que nunca souberam o que era uma guerra
dizem-no, Portugal, mas eu como tantos
não sou nada. Como diria o Allen
Ginsberg. Vai-te lixar
com os teus merceeiros enriquecidos.

23-03-2015
© João Tomaz Parreira

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