terça-feira, 12 de maio de 2015

ODE AO T6


Uma letra, um algarismo,
Símbolo mais mítico
Que o do ‘cavalinho’ da Ferrari,
Stradivarius (que delírio!) voador!

T 6

Nesse teu pequeno cockpit
Conténs a enormidade
De quase 40 anos da Minha vida,
Dos quais, pareço não ter referências.

Entre isso,
Existe a Época em que por lá passámos e,
Este momento, presente,
Do voo de experiência
A que estou a ser sujeito.

Não quero falar por Vós, mas penso,
Que nunca pusestes aqueles 2 anos no sótão:
Continuam na prateleira,
E, de quando em vez,
Ao limparmos-lhes o ‘pó’ ,
Que é composto pela ´terra’ que lá pisámos,
Fazemos libertar, novamente,
Aquele Passado,

Que vem estrangular
A garganta das Nossas emoções.

Estou a relembrar Isto, porque, ontem,
Na ‘catedral’ do silêncio da noite,
Visionei fotos, da autoria do José de Sousa,
De um CD Rom, da época de 68/70:

A nr.
Apresenta o interior de um cockpit de um T 6!
‘Instalei-me’ lá dentro, e,
As longarinas do meu Ser, foram,
Totalmente, sacudidas,
Pelo ‘Sism’ da’saída da picada’,
De um ‘passe de fogo’!

Depois, mais refeito,
Tentei re-identificar os instrumentos,
As manetes: gás, mistura, passe de hélice, flaps,
Os instrumentos: horizonte artificial, conta rotações, etc.,
E ainda, a alavanca manual para o caso de………

O cheiro de óleo, rasgou o Tempo
Misturado na tinta das recordações.
Que ‘desfile’,
Dentro de um ‘palco’ tão diminuto!
Gostaria de ser capaz de exteriorizar,
Em ‘cenário’ de autenticidade,
Os G’s a que fui submetido!

A foto nr……
À vertical de H. Carvalho…….
Estive Lá?
Tudo Aquilo Me pertenceu,
Ou Eu contínuo a Pertencer-lhe?

M O Y O ! !
Riquier ( Menino )



1 comentário:

  1. Está demais. Esta bela máquina continua com um misticismo enorme, eu sou suspeito porque, muito embora não tenha sido piloto, adoro este avião que continuo a considerar o mais bonito que operava em Angola. Gostei imenso...

    Sérgio Durães
    OPC 1/68

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